Hipertensão Arterial: Quando a Pressão Alta Afeta os Rins (ou Vice-Versa) — e o Que Fazer

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição silenciosa que atinge milhões de brasileiros. Embora seja frequentemente associada ao coração e ao risco de AVC, existe um aspecto muitas vezes negligenciado: a relação direta entre pressão arterial e função renal.

Para a nefrologia, a pressão alta não é apenas um número fora de controle — é um sinal de alerta. Entender essa conexão é essencial para proteção da saúde a longo prazo.

A Conexão: Como Rins e Pressão Arterial se Influenciam

Os rins controlam a pressão arterial por dois mecanismos principais:

  1. Controle de sódio e volume: excesso de sódio leva à retenção de água, aumentando o volume de sangue e elevando a pressão.
  2. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA): quando ativado em excesso, causa constrição dos vasos, elevando a pressão arterial.

Quando a Pressão Alta Danifica os Rins (Nefroesclerose)

A hipertensão é a segunda maior causa de Doença Renal Crônica (DRC). Com o tempo, a pressão elevada danifica vasos renais, causando nefroesclerose. Isso gera um ciclo perigoso:

  1. O rim sofre dano.
  2. Perde a capacidade de regular a pressão.
  3. A pressão sobe ainda mais, causando maior lesão renal.

Quando o Rim É o Causador da Pressão Alta (Hipertensão Secundária)

Em 5% a 10% dos casos, a hipertensão é consequência direta de problemas renais:

  • Doença Renal Crônica (DRC): desregulação do SRAA e do manejo do sódio.
  • Doença Renovascular: estreitamento da artéria renal, aumentando a produção de renina.

O Papel da Nefrologista: O Que Fazer?

A avaliação especializada é fundamental quando:

  • A pressão permanece alta apesar do tratamento.
  • Há proteinúria.
  • Há oscilação intensa da pressão.
  • Há suspeita de lesão renal.

  1. Investigação da causa: determinar se a hipertensão é causa ou consequência da alteração renal.
  2. Ajuste dos medicamentos: uso de anti-hipertensivos com proteção renal (iECA, BRA).
  3. Monitoramento laboratorial: creatinina, TFG, proteinúria, eletrólitos e exames de imagem.

A Mensagem Final

Não espere pelos sintomas. A hipertensão e as doenças renais são silenciosas — e justamente por isso exigem vigilância precoce. Cuidar da saúde dos rins é cuidar de todo o corpo.

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